sexta-feira, 5 de setembro de 2008

yamha xtz 250 (lander)




O lançamento já era comentado há meses. Restava saber como seria a moto que pretende estar um passo à frente da Honda Tornado, com seus cinco anos no mercado.. Sua primeira apresentação para todos os jornalistas especializados foi da melhor qualidade, o fabricante embarcou todos no avião com destino ao Japão para conhecer a fundo o produto e tirar o máximo de informações com os projetistas responsáveis. É realmente uma oportunidade única poder jantar ao lado de uma pessoa responsável apenas por design mecânico, que além da nova XTZ já teve sua assinatura em desenhos de quadro, suspensões e freios de motos como a MT 03 e a Buldog entre outras.

Para conhecer a fundo a nova máquina os testes práticos foram divididos em dois dias, o primeiro foi na pista de motovelocidade de SUGO, mundialmente conhecida. A primeira impressão após sua apresentação já surpreendeu a todos, seu porte lembra as YZ de corrida, esbelta e agressiva.
As faltas que a Tornado deixou desde o começo, ela supriu! Como freio a disco traseiro, painel digital com conta-giros no estilo de barras digitais. Seu porte não parece de uma 250, no mínimo como uma 400 (comprimento de 2.125mm) e o design e grafismos caíram muito bem.
Nas primeiras voltas sentimos um motor suave como o da Fazer (21 cv a 7.500 rpm), mas é lógico é o mesmo propulsor, porém a relação é diferente mostrando mais força, mesmo que tenha exatamente o mesmo torque com 2,10 kgfm a 6.500 rpm, é uma delícia, subindo de giros bem lisa, desde baixa.
As suspensões são firmes (dianteira com 240 mm e traseira com 220 mm de curso) deixando a moto na “mão” para deitar nas curvas, deitamos tanto que só paramos quando o pneu limita dando umas escorregadas. O pneu visa o uso meio que misto, porém não é tão eficiente no asfalto como um street e muito menos para um uso off como os de cravo, na frente tem medida 80/90-21 e na traseira 120/80-18 ambos Metzeler Enduro 3 (mesmos da Tornado).
Nessas curvas deu para sentir que o quadro é bem rígido não torcendo nas curvas. Os freios são competentes e uma coisa é verdade, o disco traseiro muda muito o visual, só assim vemos o quanto o sistema a tambor está ultrapassado, tanto em design como em eficiência. Na frente um disco de 245 mm e pinça de dois pistões, e na traseira um de 203 mm e pinça de um pistão.
O segundo dia de testes fomos novamente a SUGO, só que agora na pista de motocross, circuito que faz parte do calendário mundial, onde este ano Stefan Evarts piloto da Yamaha ganhou mais uma vez, aliás não só a prova como mais um título em sua carreira.
Mesmos os instrutores limitando a pista, o traçado era um pouco pesado, com “terrona” fofa o que atrapalhava bastante a dirigibilidade da XTZ pela falta de pneu de cravo. Mas foi uma diversão só! Com muitos e muitos tombos e tiração de sarros. A motinho se saiu muito bem, ágil nas curvas (com apenas 130 kg), motor muito satisfatório, mas dava até dó quando saltávamos alto, ela é uma trail e não uma cross, porém agüentou o dia todo de malhação.
Esse foi o primeiro contato com o modelo, onde já cativou todos os jornalistas, nas próximas meses já aqui no Brasil iramos dissecar a motoca em um teste completo. Mas que ela vem pra ficar vem sim, cabe a Honda correr atrás e investir bastante na Tornado.

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